O que eu tenho a dizer? Que simplesmente foi uma experiência fantástica, em todos os sentidos!
Primeiro, porque admiro demais o profissionalismo delas - o cuidado com que preparam as vivências, a qualidade do material oferecido e a generosidade em compartilhar tantas experiências enriquecedoras!
Além disso, o grupo formado foi muito especial - a integração logo aconteceu, o clima foi de troca e muito aprendizado!
Sem falar na energia boa do local onde o curso aconteceu - na Comunidade Dedo Verde, formada por um grupo de amigos que tem a proposta de viver em comunidade, oferecendo trabalhos que promovam o desenvolvimento do ser humano de forma integral. Quem nos acolheu com muito carinho foi a Marina, que além de participar das atividades com sua arte, preparou deliciosas refeições veganas para o grupo! Gratidão, Marina!
O trabalho arteterapêutico com o idoso é de uma riqueza sem tamanho! É muito bom saber que a Arteterapia pode oferecer tantos recursos para o trabalho com esse público. Em um final de semana vivenciamos algumas técnicas que podem ser aplicadas com os idosos, e elas abrem caminhos para infinitas possibilidades.
Pudemos resgatar partes da nossa história, a partir do nosso nome,
plantamos uma árvore a partir de materiais improváveis,
inspirados na arte de Monet, nos arriscamos em uma tela em branco, colorindo a vida,
brincamos com as cores, descobrindo novas cores, na medida em que elas se misturavam na dança de nossas mãos,
construímos caminhos com massinhas, mas de uma forma totalmente inusitada,
aproveitamos o momento junino e nos inspiramos na obra de Volpi para criar com bandeirinhas a nossa cena,
entramos em contato com os opostos da vida...
E teve muito mais! Trabalhos com memória, cognição, dança sênior...
Não posso deixar de mencionar a Nina, integrante da Comunidade Dedo Verde, que também teve uma participação bem ativa em nosso final de semana!
E mais uma vez, agradeço às queridas Luciana e Sônia, pela disponibilidade com que nos atenderam, e à querida amiga Rosane, que organizou tudo com muito carinho e atenção!
Com certeza, o trabalho realizado nesse fim de semana foi inspirador e terá muitos desdobramentos!
Saí cheia de sementes que serão plantadas e cuidadas, para que deem lindos frutos.
E para fechar, deixo um texto que nos foi entregue, para refletirmos: De que forma estou vendo a minha vida? Como faço as minhas escolhas?
Receita
da Dona Cacilda
Dona Cacilda é uma senhora de 92
anos, miúda e tão elegante, que todo dia, às 8 da manhã ela já está toda
vestida, bem penteada, discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E
hoje ela se mudou para uma casa de repouso; o marido, com quem ela viveu 70
anos, morrei recentemente e não havia outra solução.
Depois de esperar pacientemente
por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a
atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o
andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho,
inclusive das cortinas de tecido florido que enfeitavam a janela. Ela me
interrompeu com entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de
cachorro.
- Ah, eu adoro essas cortinas!
- Dona Cacilda, a senhora ainda
não viu seu quarto, espera mais um pouco.
- Isso não tem nada a ver, ela
respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou
não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada. Vai
depender de como eu preparo a minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar.
É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia
inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do corpo
que não funcionam bem ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes
que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto. Isso é para quem tem
autocontrole e exigiu de mim um certo “treino” pelos anos a fora, mas é bom
saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os
meus sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente. E
enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as
lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma
conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para
você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua “conta de
lembranças”. E, aliás, obrigada por seu depósito no meu Banco de Lembranças.
Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa
que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois, pediu-me para anotar:
1.
Jogue
fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade,
peso e altura. Deixe seu médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2.
Frequente,
de preferência, seus amigos alegres. Os “baixo-astrais” puxam você para baixo.
3.
Continue
aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer
coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é oficina do diabo e
o nome do diabo é Alzheimer.
4.
Curta
coisas simples.
5.
Ria
sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego; ria para você mesmo no espelho,
ao acordar e que o sorriso seja a sua última atitude antes de dormir.
6.
Lágrimas
acontecem. Aguente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a
vida toda é você mesmo. Esteja vivo enquanto viver e seja uma boa companhia
para você mesmo.
7.
Esteja
sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser a família, os amigos, animais,
lembranças, música, plantas, um hobby,
o que for. Seu lar é seu refúgio, sua mente seu paraíso.
8.
Aproveite
sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a da maneira mais
simples: caminhe, sorria, beba água, ore, veja comédias, leia piadas ou
histórias de aventuras, romances, comédias.
9.
Não
faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um
outro país, pegue carona numa cauda de cometa, imagine os mais diversos objetos
formados pelas nuvens no céu, mas evite as viagens ao passado, pois você pode
fica retido na estação errada. Escolha as lembranças que quer ter; não se deixe
dominar por elas ou perderá o direito à escolha.
10.
Diga
a quem você ama que realmente o ama, e diga isso em todas as oportunidades,
através do olhar, do toque, das palavras, das ações diárias e do carinho. Seja
feliz com seu próprio sentimento e não exija retribuição. você terá, de graça,
o que o outro sentir; nada mais, nada manos.
,
(Texto retirado do livro: Códigos da Vida, Legrand, Soler Editora)
E você, já pensou qual é a sua receita de vida?
Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Luciana Machado e da Sônia, ela tem um página no facebook. Clique aqui.
E a Comunidade Dedo Verde também. Clique aqui.
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Apaixonada por seu blog menina! Sucesso!
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