24 de mar. de 2016

O Vaso Alquímico



Dando continuidade à série de textos sobre Alquimia e Processo de Individuação, falaremos sobre o vaso alquímico, que era o local onde os alquimistas realizavam o seu trabalho de transmutação da matéria - sua Opus Magnum.
Podemos relacionar esse vaso a um ambiente adequado para que o trabalho aconteça - e esse local pode ser o ambiente terapêutico ou nosso próprio ser, dentro de nós mesmos.
Para tanto, algumas características devem ser observadas, a saber:
O vaso alquímico deve estar limpo: significa que temos que silenciar as vozes interiores, parar de ter opinião sobre tudo, fazer julgamentos o tempo todo. Apenas observe! Olhe sem preconceito, olhe-se sem preconceito! Tente descobrir o que está acontecendo e retire as projeções que você coloca no mundo. É preciso que haja um espaço de silêncio interno para que o Self se manifeste. O Ego já sabe tudo, já rotulou todas as experiências. Por isso, é preciso silêncio interior para nos colocarmos em nosso centro e abrir espaço para o Self. Uma dica para silenciar essas vozes internas é o trabalho corporal, como relaxamento, por exemplo.
A segunda característica a ser ressaltada: os alquimistas mantinham o vaso bem vedado. Trazendo para a nossa situação, significa: não banalize o que você constrói em contexto terapêutico. Em outras palavras: a compreensão que é construída na relação terapêutica, os insights, tudo o que se nomeia em contato com os próprios sentimentos e intenções só pode ser acompanhado por você mesmo, no passo a passo. O outro não sabe o trabalho que isso tudo dá e muitas vezes pode descaracterizar os seus esforços, a partir de um olhar julgador, ou até "contaminar" esse processo com projeções que não dizem respeito a você. Por isso, procure evitar compartilhar esse processo que acontece em seu vaso alquímico (seu próprio interior), antes de ter fechado um ciclo de compreensão. Essa é, também, uma forma de você mesmo assumir a responsabilidade por esse trabalho interno - ninguém saberá, melhor que você, sobre você mesmo. É um jeito de não deixar a energia do processo escapar e se dirigir para outros focos.
Por fim, para os alquimistas, dentro do vaso, o processo acontece em três fases: Nigredo, Rubedo e Albedo. A primeira fase (Nigredo) tem a cor negra, e significa o problema, tudo está escuro, difícil. É a fase inicial das transformações. Em seguida, temo Albedo (branco), onde as coisas começam a clarear, como se fosse a aurora. Aqui, a pessoa já está entrando em contato com suas questões mais internas e trabalhando nelas. E finalizando, temos a Rubedo (vermelho), quando atingimos o Self, quando há a transformação daquilo que foi trabalhado, de forma autêntica - o que nos aproxima um pouco mais do Self.
Nas imagens alquímicas, muitas vezes essas cores estarão presentes, representando esse processo de mudança da matéria e do seu próprio interior. Porém, a vida não acontece de forma linear. Ela é mais zigue-zague do que reta ascendente. Através dessa ideia, podemos ir refinando a percepção e ampliando a consciência. A esse movimento constante os alquimistas davam o nome de Circulatio.
Na Circulatio, a matéria prima é submetida várias vezes a esse procedimento, iniciando e fechando vários ciclos, como se estivesse sendo lapidada.
Uma imagem para representar esse processo é o diamente. Ele deriva do carvão, que é submetido ao interior da terra e passa por muitas pressões por milhares de anos. O diamante é retirado da terra em sua forma bruta e precisa se polido, lapidado - todo trabalho de elaboração de conteúdos prórprios, que pertencem a cada um. O homem tem essa mesma natureza do diamante - é necessário ser polido! E esse é um trabalho muito rico, fundamental - cada passo que se dá nesse caminho, acrescente algo em seu viver.
A seguir, apresento uma sequência de imagens que ilustram o que foi dito até o momento:
A primeira figura refere-se ao vaso alquímico no qual o alquimista, ao mesmo tempo que trabalha para transformar a matéria prima, é transformado também. Podemos relacionar ao processo terapêutico, no qual paciente e terapeuta são transformados a partir desse encontro.


A seguir, a imagem do vaso alquímico em forma de fonte, e a representação do processo de Circulatio - a água cai, evapora, e cai novamente. Outros símbolos aparecem: quatro pontos, o sol e a lua. Mas desses, falaremos mais para frente. Percebemos, por esse imagem, que o processo é um trabalho contínuo da psique.



Na terceira imagem, temos a representação de Mercúrio, deus do panteão romano e que quimicamente, é um elemento que não é sólido, mas também não é líquido - representa um estado intermediário, que corresponde ao inconsciente. Mercúrio (ou Hermes, como é conhecido na mitologia grega), é o mensageiro entre os deuses e os homens. Portanto, ele transita entre esses dois mundos, e nesta imagem, ele aparece fazendo o sinal de silêncio com uma mão, enquanto segura um candelabro com a outra. Isso significa que para a consciência se iluminar é preciso silenciar.



E a última imagem traz os quatro elementos e as quatro funções psíquicas, como consequência do processo alquímico. Mas falaremos disso nos próximos posts. Até lá!


22 de mar. de 2016

A Matéria Prima para a realização da Opus Magnum



Já vimos nos posts anteriores que o procedimento da Opus Magnum é recolher a matéria prima e submetê-la às etapas alquímicas, e forma que as transformações resultem na Pedra Filosofal. Traçando um paralelo com a psicoterapia, podemos dizer que o trabalho de análise visa o Self (equivalente à Pedra Filosofal) através do caminho de autoconhecimento. Jung dizia que mais importante que atingir o Self, é o caminho - a Opus.
Os alquimistas encontravam a matéria prima para as suas operações na natureza. Para Jung, nossa matéria prima é o inconsciente e tudo o que está nos fatos vividos no cotidiano - pequenos fatos que parecem não ter importância nenhuma se transforma em um espaço onde novas compreensões desabrocham. Por isso, devemos estar abertos ao encontro da matéria a ser transmutada todos os dias.
Muitas vezes os alquimistas encontravam a matéria prima no lixo, no esterco, naquilo que ninguém valorizava. Para nós, podemos dizer que a matéria prima se encontra, predominantemente, em nossa sombra. Por isso, nosso tesouro está no escuro, e precisamos enfrentar esse escuro para chegar ao que é mais valioso. Essa joia pode se chamar criatividade, e em um primeiro momento podemos senti-la de forma caótica. É aquele sentimento de angústia e desorientação, de quebrar os velhos padrões para que o novo surja... justamente dentro desse caos está a possibilidade da transmutação.
Também podemos encontrar a matéria prima nos sonhos, pois eles nos apontam caminhos e revelam muito do nosso ser, e em nosso corpo, como um lugar de transformações por natureza - tudo o que vivemos e sentimos passa, necessariamente, pelo nosso corpo.
O alquimista trabalha na matéria porque supõe que ela está viva e seu trabalho é resgatar seu espírito. Moramos em um corpo, mas muitas vezes não o habitamos. Só temos consciência do nosso copo quando adoecemos. Precisamos habitar nosso corpo, ele é fonte de sabedoria Somos unidade indissociável corpo/mente, mas o homem ocidental moderno está dissociado...
Para resgatar essa unidade vivenciada, precisamos realizar um trabalho de compreensão simbólica sobre como estamos vivendo, de que forma estamos nos relacionando com nosso corpo, com nossos sentimentos. Eu ouço o que diz meu corpo? Eu levo em consideração os meus sentimentos? Eu dou espaço para a intuição? Ou sigo um roteiro pré-definido e conhecido para atingir meus objetivos? Meus objetivos são meus, ou impostos por um roteiro social?
A compreensão simbólica envolve a compreensão objetiva (dada pela ciência, na forma de teorias) e a compreensão subjetiva (a riqueza do nosso mundo interno, que é sempre singular, único).
Para finalizar, deixo um exercício que facilita a realização do trabalho rumo a sua Pedra Filosofal, de forma integrada (unidade corpo/mente):
Olhe para algo que tenha acontecido, acolha esse fato e descreva-o, buscando o significado dele para você. Para isso, primeiro, entre em contato com seus sentimentos, com suas sensações. O que você sente em relação a tal fato? como seu corpo reage? Nomeie esse sentimentos. Em seguida, procure entendê-los em nível simbólico: o que isso significou? Em que lugar esse acontecimento entra na sua vida? O que tudo isso diz sobre você?
Experimente fazer esse exercício e sentir que sua consciência vai se expandindo na medida em que você acolhe de forma autêntica o que vivencia, e imprime nisso suas próprias digitais. Seu caminho é único!
Os alquimistas realizavam seu trabalho no vaso alquímico. E nós, onde podemos realizá-lo? Também temos nosso vaso alquímico? Quais são suas características? Essas serão as questões apresentadas no próximo post. Até lá!

Para quem não leu os primeiros posts, os links estão abaixo:


18 de mar. de 2016

As características da Opus Magnum


Butterflies:
Este é o segundo texto da série sobre Individuação e Alquimia. No primeiro, apresentei de forma resumida as raízes da Alquimia e fiz a relação desta com o processo de Individuação proposto por Jung. Se você não leu o texto, aqui está o link.


Agora, falaremos sobre as características da Opus Magnum - que é o trabalho dos alquimistas ao transformar, gradativamente, a matéria-prima em Pedra Filosofal - traçando um paralelo com a nossa jornada de autoconhecimento: como posso transformar aspectos inconscientes, que se encontram em estado bruto, em consciência mais ampla, em direção ao Self (que é o nosso ouro interior).


Primeira característica da Opus Magnun: Os alquimistas ressaltavam que para a realização da Grande Obra eram necessárias algumas virtudes no enfrentamento dos perigos que a vida apresentava. As virtudes que eles ressaltavam eram: coragem, paciência e perseverança. Fazendo uma ponte com o trabalho psicoterapêutico, podemos dizer o seguinte: geralmente, as pessoas chegam ao consultório com uma urgência muito grande, muito ansiosas. Entram em terapia com vontade de resolver situações pontuais, que geram angústia. E de fato, a terapia vai ajudar nessa organização interna, e a pessoa pode encontrar alguns caminhos mais imediatos. Porém, quando algumas pessoas se veem "fora do olho do furacão", quando aquela ansiedade toda diminui, elas param a terapia. É nesse momento que é preciso ter coragem para enfrentar a sombra, e perseverança, porque esse é um trabalho milimétrico, onde a pessoa vai, lentamente, transformando-se de dentro para fora. O trabalho com foco na ampliação da consciência deve ser alimentado diariamente. Situações do dia-a-dia afastam e desencorajam as pessoas dessa busca - estresse, desconfiança no processo, pressa... É uma luta contra uma parte nossa que não quer crescer.

Segunda característica: a Opus Magnum é um trabalho sagrado. O processo psicoterapêutico deve ser orientado para o Self, pois não deve buscar apenas a cura dos sintomas, mas o equilíbrio do indivíduo em todos os aspectos. O sagrado é uma experiência numinosa que desvela o mundo do espírito, e isso é restaurador. Nesse sentido, a cura é consequência desse equilíbrio, dessa harmonia.

Terceira Característica: a Opus Magnum é um trabalho individual. Transferindo essa ideia para o contexto terapêutico, cada pessoa deve se responsabilizar pelo andamento de seu caminhar rumo ao autoconhecimento. Se a pessoa não tomar as rédeas do processo, não há crescimento.

Quarta característica: a Opus Magun é um trabalho secreto. Pois bem, a psicoterapia também assume essa característica na medida em que é um trabalho interno e não deve ser banalizado em conversas no dia-a-dia, pois é muito difícil o outro apreender o que é a totalidade das mudanças que acontecem internamente em alguém que está em processo psicoterapêutico.

Quinta característica: a Opus Magnum depende de um esforço consciente. Ou seja, alguém que busca o caminho do autoconhecimento deve envolver-se deliberadamente nesse processo. Buscar a individuação é ter consciência do seu desenvolvimento, assumir sua responsabilidade e não delega-la a ninguém.

No próximo texto falaremos sobre a fonte da matéria prima para a realização da Opus Magnum. Onde os alquimistas buscavam essa matéria-prima? E onde nós, hoje, buscamos a nossa matéria prima para realizar as transformações necessárias em nosso modo de ser? 

Até o próximo post! 




16 de mar. de 2016

O Caminho da Individuação e Alquimia



Começo uma série de textos que apontam a relação entre o processo de individuação (proposto na teoria junguiana) e a Alquimia, e suas consequências no trabalho psicoterapêutico.
Para Jung, a psique se desenvolvia de forma criativa, ampla, dando ao indivíduo a possibilidade de tornar-se alguém capaz de fazer escolhas autênticas e responsáveis. De forma geral, esse é o processo de individuação - o homem que sai da massa para tornar-se ele mesmo!
E para entender esse processo, Jung buscava a finalidade do desenvolvimento da psique - para onde aponta as questões apresentadas? Qual é o significado da angústia e para que serve? E ele denominou de Metanóia justamente o momento em que o homem entra em contato com essas questões fundamentais:
Para que estou aqui?
Para onde vou?
Quem sou eu?
Esse é um momento em que um universo muito amplo se abre em sua frente, e ele se dá conta de descobertas arquetípicas da personalidade, prevenientes do inconsciente coletivo, dirigidas pelo Self. Lembrando que Jung trabalha com dois centros psíquicos - o Ego e o Self, e a compreensão da vida nessas duas dimensões -  pessoal e arquetípica - possibilita a transformação do ser humano de uma forma muito mais ampla.
Jung entrou em contato com a filosofia chinesa, através do livro "O segredo da flor de ouro", e percebeu que as imagens alquímicas guardavam uma correspondência muito próxima ao processo de individuação. Os alquimistas escreviam muitos tratados, mas também desenhavam e Jung ficou fascinado por toda aquela linguagem simbólica.
A Alquimia pode ser considerada um modo de olhar o mundo. Uma de suas raízes vem do Egito, com o estudo para embalsamar o corpo dos faraós. Eram estudos secretos a serviço de algo sagrado, com objetivo de transformar o faraó em Deus. Era uma ação do homem sobre a natureza, procurando fazer transmutação, não só física, mas espiritual. 
Encontramos outra raiz na Mesopotamia, berço da civilização, onde surgiu a escrita. Lá eram realizados estudos dos metais, e também era uma atividade considerada sagrada - transmutar o ferro em ouro, ou dito de outra maneira: transmutar o metal não nobre em metal nobre. 
A terceira raiz vem do pensamento grego, com os filósofos pré-socráticos, que procuravam entender o sentido das coisas, sempre na relação homem/natureza. Para eles, o homem (microcosmo) carrega em si todos os aspectos da natureza (macrocosmo), e essa é uma compreensão alquímica - tudo o que está dentro, está fora. Não há separação entre esses dois planos. Podemos perceber a íntima relação desse modo de compreender a vida com o escrito alquímico conhecido como "Tábua de Esmeralda", que traz o seguinte registro:O que está abaixo é como aquilo que está acima, e o que está acima é semelhante àquilo que está abaixo, para realizar os prodígios da coisa única.
Os alquimistas foram percebendo que o trabalho que realizavam com os metais tinham uma repercussão com o que estava acontecendo dentro deles. Eles perceberam que não estavam trabalhando só com a matéria. Portanto, podemos dizer que a Opus Magnum (trabalho realizado pelos alquimistas) relaciona-se com o processo de individuação do Homem, enquanto sua "Grande Obra".
Se pensarmos o homem massificado da era moderna, podemos entender a busca do autoconhecimento como a realização de uma grande obra, pois ao ter consciência arquetípica da existência, o ser humano caminha em direção à sua forma própria, assume seus contornos autênticos, e isso reverte para o bem do todo! Um dos caminhos que levam ao autoconhecimento é o processo psicoterapêutico. 
Ilustrando essa relação entre a busca própria que reverbera de forma mais ampla na teia universal, recorro à sabedoria dos povos indígenas que praticavam o ritual do sol, com o seguinte objetivo: "Fazemos isso para ajudar o Pai Sol a se levantar, não só por nós, mas pelo universo todo, senão é o fim, o Sol não vai nascer". 
Assim, precisamos retomar o contato com essa integração, para nos sentirmos mais inteiros, estarmos mais perto de nosso Self
O Self é nosso ouro interior e precisamos ter paciência, coragem e perseverança para realizarmos a nossa Opus Magnum.  

No próximo texto da série discutiremos as características da Opus Magnum, fazendo correlações com o processo psicoterapêutico. 



13 de mar. de 2016


Oficinas Arteterapêuticas para mulheres. Todas estão convidadas!

Em cada encontro, um tema será trabalhado a partir da Arteterapia. 

Entraremos em contato com nossa criança interna, para resgatar a alegria e a espontaneidade, tão escassas em nossos dias. 

Vamos rever nossa responsabilidade com as heranças afetivas que recebemos ao longo da história, tendo a chance de ressignificá-las.

Encontraremos o que faz nossa luz interna brilhar mais forte.


Facilitaremos o contato com nossa Persona e Sombra,buscando a integração dessas partes à nossa consciência. 



Cuidaremos de nossa autoestima, valorizando nossos potenciais e tendo clareza dos nossos contornos, para que as relações afetivas possam ser vividas mais plenamente.


Todas serão muito bem-vindas!
Vagas limitadas!

A minha jornada - Uma breve apresentação

Há mais de vinte anos fiz uma das escolhas mais importantes da minha vida: estudar Psicologia. Encantei-me desde a primeira aula e tive a certeza: estou no caminho certo!
E esse caminho foi se revelando cada vez mais desafiador; Novos ciclos, novas possibilidades e novos encantamentos. Fui descobrindo a complexidade do ser humano ao me deparar com o universo singular de cada existência.
Esse universo abarca todas as possibilidades de realização que uma pessoa é capaz de colocar em prática, a partir de suas escolhas, às quais vão compondo sua história de vida.
Ao trabalhar como psicóloga, mudanças profundas aconteceram em mim, pois estar com o outro em um contexto terapêutico (mas não só), abre espaço para uma entrega intensa ao que é próprio do humano. E não é possível sair ilesa desse encontro!
E ao longo de anos trabalhando com pessoas, descobri que uma das coisas mais belas que carregamos em nossa essência é a criatividade. A partir da força criativa conseguimos ter a flexibilidade para escolher novos caminhos quando a vida nos convoca à ação, quando nos tira de nosso "lugar de conforto" Exercer a criatividade em nosso cotidiano é uma forma de estar em harmonia e manter a sanidade. Diante de situações difíceis, que se apresentam sem solução, a criatividade oferece um alento à alma na medida em que amplia nosso horizonte e nos faz enxergar caminhos escondidos sob o disfarce daquilo que é conhecido.
Por esse motivo, fui em busca de uma compreensão maior sobre o fenômeno da criatividade, e a Arteterapia se revelou um caminho excelente para isso, principalmente por trazer ao campo terapêutico algo que sempre foi muito presente em minha vida: a Arte!
Uma frase de Ferreira Gullar expressa muito bem o que eu sinto em relação à Arte: “A Arte existe porque a vida não basta”. É isso, a Arte é a expressão criativa do ser humano, é o caminho que leva ao encontro daqueles cantinhos internos onde a palavra não chega.
E assim, ligando a Arte à Psicologia, consigo compreender melhor o ser humano e, como profissional, oferecer recursos consistentes a todos aqueles que se aventuram na jornada do autoconhecimento.
Romper padrões, mergulhar em si mesmo, descobrir potenciais, exercer sua autonomia e liberdade de escolha, com responsabilidade e cuidado consigo, com o outro e com o mundo, autenticar sua força criativa, perceber-se em construção, sempre... Esse é o trabalho que realizo a partir da Arteterapia. E é nisso que eu acredito!

Formação
Graduada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 2000
Primoramento e aperfeiçoamento em Psicologia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas/FMUSP, em 2002 e Hospital do Servidor Público Municipal, 2003.
Formação em Psicoterapia Fenomenológico-Existencial pelo Centro de Psicoterapia Existencial, 2006
Arteterapia Gestáltica para psicoterapeutas, pelo Instituto de Gestalt de São Paulo, em 2013
Pós-graduação em Arteterapia Aplicada: saúde, artes, educação e organizações, pela Unip (em formação, finalizando no primeiro semestre de 2016).
Outros cursos realizados no Sedes Sapientiae:
Individuação e Alquimia, pelo Sedes (2015)
Arteterapia: Noções básicas em atelier (2011)
As possibilidades do contador de histórias no mundo contemporâneo (2005)

Anna Paula Rodrigues Mariano
Psicóloga - CRP: 06/61948